Em 1975, como o Ano Internacional da Mulher, declarado ONU, foi criado o jornal Brasil Mulher ( editado entre 1975-1980.) em pleno contexto da ditadura militar que expunha formas de repressão sem limite, e onde grupos segmentados da sociedade se organizaram cada vez mais para lutar contra o governo e ao mesmo tempo buscar respostas para outras demandas como o alto custo de vida, a necessidade da criação de creches e o urgente reajuste salarial de acordo com a inflação. Foi ele o ” primeiro da imprensa feminista naquela época”,segundo Rosalina Santa Cruz Leite, militante e ex-presa política.
Terezinha Zerbini e Joana Lopes, propuseram a criação de um jornal que além de outros temas colocasse em cena a questão das mulheres . Assumir o termo de ser ou não um jornal ” feminista” provocou incidentes e conflitos entre as aderentes uma vez que , segundo” Amelinha”, como é conhecida hoje, (Maria Amélia de Almeida Teles, militante do Partido Comunista do Brasil /PCdoB) uma de suas colaboradoras, era ” um termo pejorativo, ridicularizado e amedrontador também. Muitas mulheres tinham medo de se declararem feministas e serem mal vistas até pelos homens de esquerda, porque havia uma rejeição enorme”.
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