Em nome das/os membros e coordenação do LIEG/UNESP, gostaríamos de parabenizar a eleição da 1ª reitora mulher da UNESP, a Prof.ª Maysa Furlan, que durante sua gestão como Vice-Reitora, com sensibilidade e acolhimento, implementou ações privilegiando as demandas da diversidade estudantil garantido o seu acesso, a permanência e a inclusão através de uma política de diálogos constante.
A presença de uma Ouvidoria como um canal de comunicação constante entre cidadãs e cidadãos e a comunidade unespiana composta de professores e funcionários (hoje são 34 ouvidores locais) garantiu a defesa dos direitos de todas, todos e todes. A criação da Coordenadoria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (CAADI) em 2022, permitiu a existência de uma política educacional e pedagógica de “Enfrentamento ao assédio, importunação sexual, formas de discriminação e preconceitos em relação à origem , cor, gênero, orientação sexual e de prevenção de todas as formas de violência na UNESP”.
Como pesquisadoras e pesquisadores do LIEG/UNESP desenvolvendo pesquisas e produzindo de conhecimentos nos sentimos privilegiadas/os com o apoio recebido e desejamos que os desafios a serem enfrentados como reitora, ao lado do Prof. Cesar Martins, vice-reitor contemplem mais uma vez , ações para a construção de “uma universidade múltipla e acolhedora“ , onde possamos atuar, trabalhar em um ambiente onde as assimetrias de gênero sejam dissipadas em um convívio de respeito e diálogos constantes.
Parabéns aos colegas eleitos!
(Disponível em https://jornal.unesp.br/2024/11/15/nomeados-para-os-cargos-de-reitora-e-vice-reitor-a-partir-de-2025-professores-maysa-furlan-e-cesar-martins-apresentam-seus-planos-para-o-mandato/)
A leitura do livro de Lélia Gonzalez é fundamental para quem deseja se aprofundar no conhecimento e debate sobre os diversos pontos do Feminismo e sobre como tornar a luta pelo direito das mulheres mais inclusiva a cada dia.
No presente trabalho, utilizando os livros base do curso, há a apresentação da Crítica ao Feminismo Branco Hegemônico, onde a autora menciona as falas do feminismo tradicional em dar ouvidos á mulheres marginalizadas, com isso nota-se o caráter excludente e monocromático do feminismo tradicional. Para ampliarmos o pensamento e adentarmos no mundo do Feminismo Negro, a autora cita as suas características, como a valorização da cultura afro-brasileira, a visibilidade e representatividade, a desconstrução de estereótipos, entre outros.
O Feminismo Negro está sempre em constante mudança e construção, se adaptando ás novas realidades e desafios que as mulheres marginalizadas sofrem e que não é considerado no Feminismo Tradicional.
Para um maior aprofundamento no assunto e afim de dar início a uma discussão pensante para a reflexão dos participantes, as estagiárias Júlia Xavier da Silva e Ana Paula Almeida de Miranda, ambas alunas do curso de Ciências Sociais na UNESP- Faculdade de Ciências Humanas de Marília, dividiram as leituras e em parceria apresentaram uma base do assunto para dar inicio a discussão.
Portanto, o Feminismo Negro busca lutar pela autonomia das mulheres negras, pela desconstrução do racismo e pela valorização da cultura afro-brasileira, deste modo, ele busca construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos.
Bibliografia utilizada
AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo, SP: Sueli Carneiro; Pólen, 2019. 152 p. ISBN 978-85-98349-69-5
GALETTI, Camila; RIVETTI, Jéssica M. (Orgs.). Feminismos em Movimento. Belo Horizonte: Editora Luas, 2023. ISBN 6581177083
Julia Xavier é graduanda em Ciências Sociais, atualmente no terceiro ano e foi estagiaria da atividade de extensão do LIEG – Decolonizando saberes.
Durante a realização da ACEU: Descolonizando saberes: gênero, violência, interseccionalidade e lugares, discutimos a existência de feminismos como ferramentas de análises e compreensão da realidade.
Tratamos em especial do Feminismo Negro e do Feminismo Interseccional. Ambos trazem mais camadas ao olhar gendrado. Não se trata apenas de considerar o ser mulher, mas situá-lo dentro de uma existência complexa, com variantes e somatórias que não nos permite uma desvinculação de suas nuances. A proposta é a de ampliar o debate e em especial no que tange ao feminismo interseccional, cuidar para que o termo não seja esvaziado do seu potencial político crítico.
Quando pensamos em interseccionalidade não podemos considerar apenas as variantes, mas entender de que maneira e com qual intensidade essas variantes afetam nossa práxis enquanto mulher. É procurar compreender quais dinâmicas nos atravessam.
É sair do esquema de organograma, de uma influência estruturada e hierarquizada, para uma rede, uma teia de influências, amplamente conectada e onde um mesmo fio perpassa vários outros fios, se fundindo de tal maneira que não possam ser desvencilhados sem estragar o tecido.
Assim é o feminismo interseccional. Complexo, nuançado e muito importante para entender as influências de gênero, sexualidade, raça, maternidade, classe, etnia e tantos outros marcadores que cerceiam o ser mulher.
Para atender a este fim, as alunas Ana Paula Almeida de Miranda e Julia Xavier aprofundaram as discussões com as leituras de Carla Akotirene, Raquel Sueli Cardoso da Conceição, Patrícia H Collins e Livia de Souza Lima, realizando uma discussão orientada dos tópicos Feminismo Negro e Feminismo Interseccional na reunião da Atividade Extensionista realizada em 27 de junho de 2024.
Texto por Ana Paula Almeida de Miranda. Bacharelanda em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (PPGCS/UNESP). Integra o Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero (LIEG/UNESP) e é pesquisadora do Observatório de Segurança Pública (OSP/UNESP). Atualmente, se dedica aos estudos das relações entre gênero e atividade policial.
Na última semana, entre os dias 29/07 e 02/08, as pesquisadoras do Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero (LIEG) estiveram no Seminário Internacional “Fazendo Gênero 13 contra o fim do mundo: anti-colonialismo, anti-fascismo e justiça climática”, que neste ano completa 30 anos de encontros e trocas científicas, ativistas e artísticas, além de simbolizar a primeira experiência presencial após a pandemia de Covid-19.
O evento foi realizado no âmbito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e recebeu pessoas de todos os lugares e das mais diversas áreas com um objetivo em comum: o compromisso feminista com a justiça em seus vários aspectos afins à interdependência humana, animal e climática.
Nesta ocasião, a Dra. Lidia Maria Vianna Possas coordenou o Simpósio Temático intitulado “Em torno do assédio: Violência de gênero e a luta por direitos”, que reuniu trabalhos acerca do complexo categorial que trata de tais violências, seja nas universidades ou em outros ambientes de pesquisa e de trabalho.
Para tanto, o ST constituiu-se como um ambiente de diálogo de saberes, contando com pesquisadoras de diversas áreas, que trouxeram discussões como: a judicialização das relações no ambiente universitário, mecanismos institucionais para o enfrentamento das violências de gênero nas universidades brasileiras, assédio sexual em ambientes acadêmicos, violência sexual na educação física escolar, dentre outros.
Ademais, uma das pesquisadoras do LIEG, Juliana Adono, também esteve presente no Simpósio Temático intitulado “Tecer coletividades: feminismos e comunidades literárias”, coordenado pelas professoras Lua Gill da Cruz (PUC-Rio), Luciéle Bernardi de Souza (UFSC) e Virgínea Novack Santos da Rocha (PUCRS).
O referido ST teve como intuito refletir como as questões de gênero perpassam os processos coletivos do fazer artístico e literário. Para tanto, reuniu trabalhos acadêmicos, intervenções e relatos de experiência no campo das artes e da literatura que problematizam o lugar e o papel das coletividades, tanto no âmbito da criação conjunta, quanto da circulação em comunidades.
Na oportunidade, a pesquisadora Juliana Adono apresentou elementos de sua pesquisa, desenvolvida no âmbito do LIEG e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP de Marília/SP. A apresentação consistiu em abordar os feminismos decoloniais e as subjetividades resistentes no Poetry Slam.
Além disso, as pesquisadoras também estiveram nas demais atividades, dentre elas na Marcha Contra o Fim do Mundo, que ocorreu no dia 31 de julho no Centro de Florianópolis-SC. A Marcha Contra o Fim do Mundo é um movimento feminista, anticapitalista e antirracista que acontece tradicionalmente durante o Seminário Internacional Fazendo Gênero.
Abaixo, algumas fotos do evento:
Texto por Juliana Adono da Silva. Doutoranda em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (PPGCS/UNESP). Integra o Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero (LIEG/UNESP). Atualmente, se dedica aos estudos de gênero, na linha de pesquisa Cultura, Memória e Identidade.
RETROSPECTIVA_2023 – Ato pró-Palestina. – Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Passados 107 anos da marcha das mulheres ocorrida na Rússia realizada por mulheres em 8 de março de 1917 reivindicando melhores condições de vida; e ainda vivemos nesta mesma data as mesmas reivindicações femininas.
Os corpos das mulheres ainda são alvos de guerras, exploração laboral e precarização da saúde.
Atualmente, no conflito entre o Estado de Israel e o povo palestino os individuos mais prejudicados e mortos são as minorias sociais.
As acusações por mulheres palestinas ou representantes dos direitos humanos na Palestina denunciam a prática de assédio sexual, inclusive estupro cometidos contra as palestinas por parte dos militares de Israel.
Uma das responsáveis pela averiguação e recolhimentos de depoimentos, Francesca Albanese (advogada italiana que residia nas áreas palestinas desde 2022 pela ONU), relatora especial da ONU, diz que as acusações se colocam durante o momento de averiguação de homens em mulheres quando de fato são “estupros coletivos”.
Acusações também foram feitas contra o Hamas (organização paramilitar da Palestina). Israel afirma que os direitos humanos foram quebrados e mulheres israelenses detidas pelo Hamas foram violentadas.
A ONU vem validando as acusações. Porém, no último relatório essas acusações foram consideradas infundadas pela ausência de depoimento e imagens da câmera de segurança que estavam prejudicadas.
Para ambos os lados o processo investigativo está tendo obstáculos.
Israel, por exemplo, baniu a entrada das relatoras especiais. Além disso, as palestinas também não são identificadas e é de difícil acesso devido ao perigo que correm ao relatar ainda residindo em Gaza.
Partindo de uma análise mais ampla, além dos casos de violência contra mulheres de modo explícito, elas também sofrem de outras formas não tão evidentes. Entre elas estão aquelas que se encontram em ambientes hostis e sem higienização e são obrigadas a realizar cesariana, sem a anestesia e esterilização correta.Esse fato vem acarretando mortes e possíveis contaminações.
Entre os itens que Israel vem proibindo das Equipes de Ajuda Humanitária estão os kits de maternidade e anestésicos. Outro ponto consiste nos ciclos menstruais das mulheres que permanecem mesmo em condições de guerra.
As notícias são veiculadas pela grande mídia ; os alimentos são queimados por tropas israelenses;os produtos de higiene pessoal também são escassos.
As vítimas estão fragilizadas diante da contaminação de várias doenças venéreas, além de vários tipos de infecção urinária ou até mesmo a Síndrome do Choque Tóxico (complicação médica causada por infecção bacteriana), que pode levar a óbito.
Vivemos em pleno século XXI, hoje 8 de março comemora-se o Dia Internacional das Mulheres em um momento de uma geopolítica de extermínio de uma população de mulheres e crianças sem condições de sobrevivência. GENOCÍDIO?
“O mundo agora sabe o que os palestinos sempre souberam, que as forças israelenses têm sequestrado, estuprado, espancado, aprisionado e até mesmo executado mulheres palestinas,” diz Hala Hanina, ativista palestina dos direitos das mulheres.
Maria Eduarda Guilger de Araujo, graduanda em Relações Internacionais, segundo ano, FFC/UNESP e membro do Laboratório Interdisciplinar de estudos de gênero e Grupo de Pesquisa Cultura&Gênero/CNPq.
Convidamos a todos, todas e todes a participar da atividade extensionista “As arpilleras como forma de luta: ” do Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero (LIEG/ UNESP-Marília), nesse segundo semestre de 2023, em parceria como Instituto de Políticas Públicas de Marília (IPPMar) e do GT-Gênero (Anpuh-SP). As reuniões irão ocorrer no formato remoto (GoogleMeet), quinzenalmente, às quintas-feiras, das 14h30 às 17h. As atividades estão previstas para iniciarem no dia 14/09/2023 e acabarem no dia 30/11/2023.
Será emitido certificado para aqueles/as que comparecerem em pelo menos metade dos encontros (50% ou mais de presença, total de 14 horas).
Formulário de inscrição: https://forms.gle/kesKE62zDJkmCNv46
Comparada com outras áreas das Ciências Humanas, as discussões teóricas e metodológicas feministas e de gênero chegaram de forma tardia nas Relações Internacionais (RI). No Brasil, as referências possíveis traduzidas e uma produção de trabalhos nacionais nesse campo foram se intensificar nos anos 2000, o que veio colaborar na ampliação de textos acadêmicos com ênfase no debate teórico acerca do conceito de Gênero e Corpo.
Segundo Sanahuja (2018)1, as teorias feministas vieram colocar novas questões em debate nas RI, para além do que vinha sendo discutido pelo paradigma realista, transnacionalista ou globalista e estruturalista. De acordo com o autor, a inserção das teorias feministas possibilitou à disciplina, ressaltar a relevância da natureza histórica, do contingencial e contextual para além da realidade social intersubjetiva.
Sanahuja (2018) expõe, que nesse processo de recuperação da historicidade pelas feministas das RI, com críticas ao colonialismo do saber e poder, fez-se emergir novos autores e autoras, agências e resistências que estavam empurrados para às margens e para a subalternidade. Daí, a necessidade das teóricas em priorizar a defesa local, do diverso, do particular como representações de resistências.
Nesse sentido, como uma acadêmica feminista, discente de pós-graduação do PPGCS – UNESP/Marília – Linha 2 (Cultura Identidade e Memória) e integrante do LIEG (Laboratório Interdiciplinar de Estudos de Gênero), gostaria de deixar algumas reflexões que pudessem contribuir para o futuro das Relações Internacionais, uma vez que observei essa lacuna no desenvolvimento da temática na minha área de formação. Mesmo nesse milênio não são muitos cursos2 de RI que oferecem na Graduação uma disciplina de Gênero, ou até mesmo nos cursos de Pós-graduação que ofereçam linhas de pesquisa específicas do tema.
Conclui em 2021 meu Bacharelado em Relações internacionais pela Universidade Federal de Sergipe com o meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) intitulado “Gênero e Corpo: Repensando as Relações Internacionais”. Esse trabalho buscou ressaltar o processo de inserção das discussões feministas e de gênero na área de Relações Internacionais, abordado pelas RI norte-americana e europeia. Destacou-se que foram os esforços de muitas feministas, principalmente da década de 1980, que compartilhavam o compromisso pós-positivista de examinar a relação entre conhecimento e poder, que levaram a reformular as explicações racionalistas generalizadas das teorias convencionais das RI e buscaram a inserção do debate de gênero (TICKNER; SJOBERG, 2013).3
Essas pioneiras desse movimento ainda hoje possuem um papel relevante no campo, pois seus trabalhos compõem as bases da Teoria Feminista das Relações Internacionais. São esses: “Women and War” de Jean Bethke Elshtain (1987); “Bananas, Beaches and Bases: Making Feminist Sense of International Relations” de Cynthia Enloe (1989); e o célebre trabalho de Judith Ann Tickner (1992), “Gender in International Relations: Feminist Perspectives on Achieving Global Security”.
Mulheres em manifestação na capital da Espanha – Daniel Gonzalez (GTRES/EL PAÍS)
Na minha pesquisa de mestrado (2022-2024) tomei o conceito de “corpo” como uma discussão ainda mais recente que o de Gênero. Pesquisas que versam sobre a temática são contribuições de autoras(es) mais reconhecidos em outras áreas das Ciências Humanas, como Antropologia, História, Sociologia, Ciências Sociais, Filosofia etc. Podemos destacar alguns nomes como Michael Foucault, Jacques Lacan, Judith Butler, Nancy Fraser, Seyla Benhabib, Joan Scott, Simone de Beauvoir, entre outros. Tanto na Graduação como na Pós-graduação, optei pela escolha de autoras(res), cuja potência das perspectivas levantadas foi levar em consideração o “corpo e o gênero” situados através da capacidade de ação política, das relações sociais que os compõem e que ocorrem de modo intersubjetivo por dimensões históricas, geopolíticas, étnicas, classistas e sexuais (MENDES, 2021)4.
No meu TCC, foram destacadas as produções das autoras Lauren Wilcox (2014)5, Judith Butler (2019)6 e Silvia Federici (2017)7, além de outras referências que discorrem acerca das concepções de gênero e corporificação e demonstram a importância dessas categorias como centrais para os estudos das RI. A análise de uma abordagem estética para o estudo do Internacional, também despertou a minha motivação, combinadas com reflexões sobre Corpo e Gênero. A concepção de Estética de Roland Bleiker (2009)8 veio orientar a pesquisa por possuir enorme potencial explicativo acerca dos fenômenos políticos e as percepções sensíveis, que se apresentam como inovadoras para ampliar o alcance da área das Relações Internacionais.
Sendo assim, meu trabalho acadêmico, pode ser retomado, sem qualquer rotulação epistemológica, para repensar o campo das Relações Internacionais, ampliando as abordagens e metodologias de análise e colaborar na expansão de suas bases ontológicas. Vale ressaltar, que esses estudos recentes vieram alterar a minha práxis política, meu olhar enquanto mulher, pesquisadora brasileira e internacionalista.
[1] SANAHUJA, José Antonio. “REFLEXIVIDAD, EMANCIPACIÓN y UNIVERSALISMO: CARTOGRAFÍAS DE LA TEORÍA DE LAS RELACIONES INTERNACIONALES”. Revista Española de Derecho Internacional, vol. 70, no. 2, 2018, pp. 101–26. Disponível em: < http://www.jstor.org/stable/26486615>. Acesso em: 16 jun. 2023.
[2] O Instituto de Relações Internacionais da Universidade Estadual de São Paulo (IRI-USP), oferta desde 2017 uma disciplina optativa ministrada pela professora Drª Janina Onuki (mais informações estão disponíveis em: https://uspdigital.usp.br/jupiterweb/obterDisciplina?sgldis=BRI0071&verdis=1). Na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Campus Franca, a professora Drª Suzeley Kalil Mathias oferta uma disciplina optativa de Gênero e Segurança (mais informações disponíveis em: https://www.franca.unesp.br/#!/departamentos/relacoes-internacionais/corpo-docente/suzelei/). Essas informações foram coletadas de forma superficial, então outras universidades podem estar ofertando disciplinas sobre o tema. Portanto, pretendo desenvolver uma pesquisa posterior, mapeando o debate de gênero nos cursos de RI das universidades brasileiras.
[3] Judith Ann Tickner é uma autora das Relações Internacionais formada em história pela University of London (1959), com mestrado em Relações Internacionais (RI), Yale University (1960), e PhD em Ciência Política pela Brandeis University (1983). Laura Sjoberg é doutora em Filosofia, Relações Internacionais e estudos de gênero pela University of Southern California. É professora de Política Global e Relações Internacionais da British Academy na Royal Holloway University de Londres e chefe do Departamento de Política, Relações Internacionais e Filosofia. TICKNER, J. Ann; SJOBERG, Laura. Feminism. In: DUNNE, Tim; KURKI, Milja; SMITH, Steve (ed.). International Relations Theories: discipline and diversity. 3. ed. United Kingdom: Oxford University Press, 2013. p. 1-359.
[4] Mendes, Enndiel dos Santos. Gênero e corpo: repensando as relações internacionais. São Cristóvão, 2021. Monografia (graduação em Relações Internacionais) – Departamento de Relações Internacionais, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2021. Disponível em: https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/17436.
[5] WILCOX, Lauren B. Bodies of violence: theorizing embodied subjects in international relations. New York: Oxford University Press, 252 pp. 2014.
[6] BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 287 pp. 2019.
[7] FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: Mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Editora Elefante, 2017.
[8] BLEIKER, Roland. Aesthetics and World Politics. 1. ed. England: Palgrave Macmillan, 2009.
O dicionário médico Dorland, de 1901, definiu a heterossexualidade como “um apetitite anormal ou pervertido em relação ao sexo oposto”
Mais de duas décadas depois, em 1923, o dicionário Merriam Webster definia a orientação sexual como “paixão sexual mórbida por alguém do sexo oposto”. Apenas em 1934 a heterossexualidade teve o significado atualizado: “manifestação de paixão sexual por alguém do sexo oposto”
Essa semana recebemos a visita da Nara Franciele Maldonado, assessora da Secretaria de Gênero da Organização Nacional de Cegos do Brasil.
A Organização Nacional de Cegos do Brasil – ONCB, surgiu do processo de unificação das instituições nacionais representativas do movimento social das pessoas com deficiência visual. Foi fundada em 27 de julho de 2008 com o consenso das entidades brasileiras, sendo uma instituição não-governamental e sem fins lucrativos. (disponível em http://www.oncb.org.br/node/7/ )
Depois de assumir o cargo ela veio ao Lieg procurar informações sobre o assunto e nos contou das dificuldades em abordar o assunto na organização, e em se trabalhar com mulheres deficientes visuais devido a sua dificuldade de locomoção.
A parceria se iniciará com uma pesquisa de dados para sabermos quantos homens e mulheres são assistidas (os) pela organização nas suas filiais.
Teremos mais uma valiosa contribuição para o nosso grupo.