Como enfrentar o silêncio dos homens e a masculinidade toxica ?

Uma pesquisa  do Portal  Papo de Homens  reuniu mais de 20 mil pessoas  abordando um dos temas mais polêmicos de nossa sociedade:  a exacerbação da masculinidade que agride, impõe-se pela força  e fala unica e mata.

O Documentário ” O Silêncio dos Homens'” evidencia como a atual  formação dos jovens precisa ser repensada para que possam assumir relações outras: mais afetivas e atenta a existência de diferenças entre as pessoas.

A masculinidade toxica é o resultado de uma formação repleta de mitos sobre o que significa ser homem?

 

Masculinidades , Colonialidade e Neoliberalismo ”. ENTREVISTA COM RAEWYN CONNEL.

A socióloga australiana Raewyn CONNELL é uma referencia,( a partir dos anos 80)   nos  estudos da masculinidade, em torno do conceito da “masculinidade hegemônica”  Sua primeira formulação teórica  foi em um artigo de 1985 (CARRIGAN; CONNELL; LEE, Towards oesse conceito (Masculinities, 1995/2005. Retoma a conceituação em Masculinities, 1995/2005; Hegemonic Masculinity: Rethinking the Concept, 2005 – Masculinidades, 1995/2005;   Em 2005, Connell,  repensa o conceito  relacionando com os novos temas como a saúde, a sexualidade, a colonialidade (“Southern Theory” – Teoria do Sul, de 2007) e a globalização (“Gender: in world perspective” – Gênero: uma perspectiva global, de 2009).

Sua contribuição é relevante para ” analisar os processos de hierarquização, normatização e marginalização das masculinidades, impostas para algumas categorias de homens, através de um trabalho sobre eles mesmos e sobre os outros, sua dominação às mulheres, mas também à outras categorias de homens”.

“Masculinidades, Colonialidade e Neoliberalismo”. Entrevista com Raewyn Connel.

Mulheres Filosofas: entraves na formação e a sub representação na área

Em 2016,  a filosofa e pesquisadora Carolina Araújo do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais / UFRJ  realizou pesquisa  e  demonstrou que  a “presença feminina  nos cursos de pós graduação em Filosofia do país era de 27% entre os discentes e 21% entre docentes”( Pesquisa/FAPESP, agosto/2019, pg. 89.) .

A pergunta se coloca: por que são poucas as mulheres que faz a opção  pela Graduação em Filosofia, ou prosseguem sua formação  na Pós Graduação? A resposta é imediata: a filosofia é uma carreira  eminentemente acadêmica  e os padrões de acesso e sucesso profissional são desanimadores. Hoje da FFLCH/USP os professores na ativa são de 33 homens e 2 mulheres.

Há o reconhecimento que os homens tem o dobro de oportunidades de alcançar o topo da carreira profissional. “A área é preferencialmente masculina em uma cultura machista”, ressalta  Carolina  Araujo .https://revistapesquisa.fapesp.br/2019/08/07/pensadoras-ocultas/

Percepção da Sociedade sobre Trafego de Mulheres – Associação de Mulheres pela Paz, 2014

Síntese  de uma Pesquisa nacional inédita que nos  revela a  percepção e conhecimento da sociedade sobre o tráfico de mulhere. O Projeto foi   aprovado por  emenda parlamentar de 2014, de Luiza Erundina de Sousa, deputada federal/SP e viabilizada pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do Ministério da Justiça. Recebeu apoio da  Fundação Ford e PWAG (Suíça).

A parceria nacional, como nos anos anteriores em que a entidade levou a cabo, Brasil afora, seminários e painéis sobre o tema, continua a ser com a Rede Mulher de Educação, União de Mulheres de São Paulo, Geledés Instituto da Mulher Negra e Elas por Elas Vozes e Ações das Mulheres.Publicação organizada por Vera Vieira e Clara Charf  e síntese sobre o tama Trafego de Mulheres,  de uma pesquisa .

Livro disponibilizado em PDF;

Pesquisa nacional inédita revela percepção e conhecimento da sociedade sobre o tráfico de mulheres

http://www.mulherespaz.org.br/wp-content/uploads/LIVRO-COMPLETO.pdf

Guia técnico sobre pessoas transexuais, travestis e demais transgênero – 2012

ORIENTAÇÕES SOBRE IDENTIDADE DE GÊNERO: CONCEITOS E TERMOS

Uma relevante publicação ( 2012) da psicologa  Jaqueline Gomes de Jesus,formada  pela UNB e ativista que  aborda os avanços da visibilidade e dos direitos trans sem deixar de evidenciar os desafios ainda enfrentados por essa população na realidade brasileira.

Trata-se de um GUIA conceitual para a compreensão : Transgener(al)idades ; Gênero e Orientação Sexual: um esclarecimento;
Pessoas transexuais;As travestis ;.;Drag queen/king, transformista.A coragem de ser quem se é.

Também se preocupa de oferecer subsídios para  a compreensão de:Símbolos ;Datas  Estratégicas ;Termos inclusivos  com um  Glossário de termos .

A síntese do seu pensamento se coloca: Pare de, sem perceber, misturar pronomes e usar termos preconceituosos
e ajude milhares de pessoas a viver em uma vida sem violência!

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Dia Internacional da Mulher Negra, Latino americana e Caribenha – 25 de julho.

As Mulheres Negras  exigem serem cidadãs: lutam pela democracia

Hoje , Dia  internacional da Mulher Negra , América latina e Caribenha .
No Brasil  as mulheres negras são  cerca de 25% da população e  tomam as ruas para denunciar a violência a que são submetidas diariamente no país e na América Latina.
 Conforme o  Atlas da Violência 2019, do FBSP, “75,5% das vítimas de assassinato em 2017 eram negros.

Pessoas negras ou pardas têm no Brasil 2,7 maiores chances de serem assassinadas do que os não negros. .

“De acordo com o Atlas, foram registrados 65.602 homicídios em 2017, sendo 35.783 jovens, a maioria negros, pobres e da periferia. Essa “política de genocídio corresponde a uma estratégia que tem se apresentado nas estatísticas de desemprego, de redução de investimentos em educação, saúde, moradia, e com a explosão da violência nos grandes centros urbanos”, .https://groups.google.com/forum/?utm_medium=email&utm_source=footer#!msg/legh/xFcfA_q1yn0/De0hUSLVCgAJ

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30º Simpósio Nacional ANPUH /Recife: o GT Estudos de Gênero reafirma seus objetivos !!!

Reuniu-se  na Universidade Federal do Recife,  no período de 15 -19/07/2019 ,  historiadoras/es para o  evento  – 30º Simpósio Nacional de Historia  / ANPUH que nesse ano  alcançou   numero  expressivo de trabalhos inscritos de todo o pais

Com a temática  “Historia e o Futuro da Educação no Brasil“, tivemos a oportunidade de conhecer pesquisas inéditas  com distintas  abordagens e perspectivas analíticas..

O GT Estudos de Gênero ANPUH Nacional( 2001 – 2019),  em seus 18 anos de criação, participou das varias atividades entre as Mesas de Debates , como os Diálogos Contemporâneos que introduziu questões relevantes :

  • Violência e transversalidade da cultura de gênero: Profªs. Lidia Possas/UNESP, Cristina K. Zanella/UFABC e Prof.. Losandro Tedeschi/ UFGD.
  • Gênero, mobilizações  e memorias: 40  anos da Lei da Anistia. Profªs.Ana Rita F. Duarte/UFC; Carla S. Rodeghero/UFRGS e   Prof. Ernesto Fagundes/UEPG.
  • Emoções, Memoria e Gênero. Profªs .Alejandra Oberti/UFA, Cristina S. Wolff/UFSC e Maria Izilda S. de Matos/PUC-SP

30º Simpósio Nacional de História

Publicação : Estudos de Gènero. Diversidade de Olhares em um mundo global – 12/2018

Publicação do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política – Universidade de Lisboa.

Organizadoras:

Anália Torres,Soraia  Dália Costa e Maria João Cunha,  com as comunicações apresentadas no I Congresso Internacional promovido pelo CIEG, Centro Interdisciplinar de Estudos de Género, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-ULisboa).

Nesse evento promovido pelo CIEG, o único centro de investigação científica totalmente dedicado aos estudos de Género em Portugal e que obteve a classificação de Excelente atribuída no âmbito de uma avaliação  internacional promovida pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Participam da publicação pesquisadoras /es  de varias universidades e  contextos internacionais — Estados Unidos da América, Brasil, Turquia, Espanha, Reino Unido, Itália, Índia, Austrália, França, entre outros contribuindo  para o debate no âmbito dos estudos de género, feministas e sobre as mulheres, aprofundando questões teóricas e conceituais  para esse campo de  estudos numa perspetiva inter e multidisciplinar.
No eBook distribuíram-se os 28 textos por 10 temas que constituem desdobramentos das linhas de investigação do CIEG.

http://cieg.iscsp.ulisboa.pt/images/eBook/eBook_estudos_de_genero_diversidade_de_olhares_num_mundo_global.pdf