III Encontro Nacional do GT Estudos de Gênero. ” Políticas e Identidades no séc. XXI”. Período: 20 e 21/09/2018 Recife /PE

 

 

NORMAS PARA INSCRIÇÃO, APRESENTAÇÃO E PUBLICAÇÃO DE TRABALHOS – até 31 de 

 

maio de 2018

Normas para Inscrição e Custo

  1. O sistema de Inscrição será exclusivamente por meio do site oficial do evento, observando a norma e o calendário do evento. Clique aqui para acessar o formulário digital de inscrição. 
  2. O pagamento da inscrição deverá observar a tabela de valores e ser realizado por meio de Depósito Identificado em Conta doBanco do Brasil (001)Variação 51Agência 5816-5Conta 3750-8. O boleto deve ser anexado no formulário digital de inscrição do Evento. Apenas autores/as e coautores/as) com pagamento em dia farão a apresentação do(s) trabalho(s).
  3.  A confirmação da inscrição será realizada através do e-mail do evento. Desta maneira, recomendamos grande atenção no preenchimento do formulário.
  4.  Não haverá devolução de valor referente à inscrição.
  5.  Ao realizar sua inscrição, compreendemos a sujeição do interessado a todas as normas aqui prescritas.

http://nacionaldogtgenero.blogspot.com.br/2017/12/inscricoes.html

 

Mulheres de Ruanda participam da reconstrução do país…

Superado o período de guerras, traumas, genocídio ( 1994: com a morte de 800 mil tutsis e o estupro de mais de 500 mil mulheres)  Ruanda com uma população  70% feminina, iniciou um processo de recuperação e construção do país.

A Constituição de 2003, determinou a igualdade de gênero da educação, posse de terras e na economia.

O sistema de cotas na politica , coloca o pais, entre os cinco do mundo em participação politica , sendo o 1º na  Africa  com 61% de mulheres nas lideranças das comunidades.

Sobreviventes do extermínio  e viúvas recebem assistência da Fundação Ruanda.

Porém ainda possui muitos problemas a resolver: a violência domestica é significativa no país.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/01/1953864-com-maioria-feminina-no-parlamento-ruanda-ajuda-mulheres-a-empreender.shtml

O Sonho da Democracia e do Walfare State vive a agonia dos seus principios !!!

Noam Chomsky, intelectual americano e uma das mentes atentas ao colapso do seculo XXI,  embasou com a sua tese  o documentário ” Fim do Sonho Americano” . Com uma serie de entrevistas nos coloca diante dos nosso dilemas atuais e da sociedade em que vivemos. Disponível  https://www.youtube.com/watch?v=_FtpgDvWjkQ

O filme evidencia 10 princípios de concentração da Riqueza e do  Poder

  1. Reduzir a democracia
  2. .Moldas a ideologia
  3. , Redesenhar a economia
  4. Deslocar o fardo de sustentar a sociedade para os pobres e a calasse media
  5. .Atacar a solidariedade:
  6. Controlar os reguladores sociais
  7. Controlar as eleições
  8. Manter a rale na linha
  9. Fabricar consensos   e criar consumidres
  10. Marginalizar a população

 

 

Igualdade entre os sexos era ideia defendida por filósofos africanos

O filosofo etíope YACOB, Zara(1599 – 1692) da cidade de Axum, capital do norte da Etiópia  e AMO, Anton (1703 – 1755) nascido em Gana possuiam ideias que  antecederam  a primazia da Razão, da necessidade  de  Investigação  como principio do conhecimento  do  Iluminismo do sec XVIII.

Suas obras ficaram em silencio até serem descobertas e divulgadas.

Yacob defendia  a igualdade  entre os seres humanos, homens e mulheres e  o papel delas no casamento; era contra a escravidão e  fazia severas critica as religiões  e doutrinas  existentes em sua época ( judaísmo, cristianismo, o ilã, e religiões indianas)  combinando com a sua crença pessoal de um criador divino.

AMO, após ser vendido como escravo chegou a Amsterdã onde foi batizado recebendo uma educação esmerada e chegando a lecionar disciplinas na Alemanha. Considerado representante da Renascença africana, foi um dos africanos, raros que alcançou sucesso da Europa do sec. XVIII.

Viveu cem anos depois de YACOB, mas suas ideias eram contra a escravidão, promovendo  um debate sobre  pratica na Europa. Apresentava argumentação iluminista em favor do sufrágio universal.   HUME( 17111-1776) defendia a superioridade do branco , escrevendo que “ não havia nação civilizadas senão a branca”. KANT, VOLTAIRE também  eram a favor da escravidão e achavam que os africanos eram inferiores.

http://m.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/12/1945398-os-africanos-que-propuseram-ideias-do-iluminismo-antes-de-locke-e-kant.shtml?mobile

CNE delibera : ultima versão para Plano Nacional Comum do Ensino Básico. Gênero incluído na área de Ensino religioso. O que isso representa?:

Mais uma vez a Educação Brasileira de vê diante um aspecto polêmico:  a  discussão de gênero e sexualidade que vinha avançando nas escolas  por orientação de Planos de Ensino distintos,passou a ser inserida  em uma recém-criada área :  a do  ensino religioso.  A indicação é que a partir  do 9º ano (15 anos)  jovens deverão discutir o tema segundo “diferentes tradições religiosas e filosofias de vida”. Sendo a lei aprovada  as praticas de  políticas pedagógicas serão orientadas por critérios de ordem nacional, suspendendo as prerrogativas assumidas pelas planos específicos de cada cidade e estado. ” Após a aprovação do Conselho Nacional de Educação – ao menos 60% da pedagogia nas escolas deverão seguir a orientação nacional. Aproximadamente 50 milhões de estudantes serão afetados.

Para nos pesquisadores e estudantes de todo o país que atuam no campo dos estudos de gênero vemos essa medida como  um grande retrocesso na luta pelos direitos e  acesso á cidadania.O Juízo de valor tornou-se preponderante diante da razão.

“Brasil Mulher”, considerado um marco da luta feminista e da resistência à ditadura militar no país.

Em 1975, como o Ano Internacional da Mulher, declarado  ONU,  foi criado o jornal Brasil Mulher ( editado entre 1975-1980.) em pleno contexto da ditadura militar que expunha  formas de repressão sem limite, e onde grupos  segmentados da sociedade  se  organizaram  cada vez mais  para  lutar  contra o governo e ao mesmo tempo buscar respostas para outras  demandas  como o  alto custo de vida, a necessidade da  criação de creches  e o urgente reajuste salarial de acordo com a inflação. Foi ele  o ” primeiro da imprensa feminista naquela época”,segundo  Rosalina Santa Cruz Leite, militante e ex-presa política.

Terezinha Zerbini e  Joana Lopes, propuseram  a criação  de um jornal  que além de outros temas  colocasse em cena a questão das mulheres . Assumir o termo  de ser ou não um jornal ” feminista”  provocou incidentes e  conflitos entre as aderentes uma vez que , segundo” Amelinha”, como é conhecida hoje, (Maria Amélia de Almeida Teles, militante do Partido Comunista do Brasil /PCdoB)  uma  de suas  colaboradoras, era  ” um termo pejorativo, ridicularizado e amedrontador também. Muitas mulheres tinham medo de se declararem feministas e serem mal vistas até pelos homens de esquerda, porque havia uma rejeição enorme”.

peramundi.uol.com.br/conteudo/geral/48445/brasil+mulher+luta+feminista+por+liberdade+e+anistia.shtml?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter

Feminismo Decolonial e “América Invertida”.

Nós do LIEG acabamos de finalizar mais um ciclo de estudos com sucesso!!

Neste semestre trabalhamos alguns artigos do livro “Traduções da Cultura. Perspectivas críticas feministas (1970-2010), UFSC 2017.

Dentre as discussões, destacamos os conceitos de colonialidade de gênero, epistemologia do sul e feminismo interseccional e decolonial. Contamos com a ajuda de mulheres marabilhosas como Breny Mendoza, Avtar Brah e Maria Lugones para entender um pouquinho mais sobre nossa identidade e contribuições enquanto mulheres latino-americanas e assim, elaborarmos nossas próprias proposições teóricas acerca da realidade.

Adotamos uma perspectiva que desterritorializa o conhecimento, descoloniza as teorias e desestabiliza os discursos. MENDOZA, 2010.

E aprofundando nossas pesquisas, conhecemos uma arte chamada “América Invertida” (1943), de Joaquín Torres García, Montevidéu 1874-1949.

“Tenho dito Escola do Sul porque, na realidade, nosso norte é o Sul. Não deve haver norte, para nós, senão por oposição ao nosso Sul. Por isso agora colocamos o mapa ao contrário, e então já temos uma justa ideia de nossa posição, e não como querem no resto do mundo. A ponta da América, desde já, prolongando-se, aponta insistentemente para o Sul, nosso norte.” Joaquín Torres García. Universalismo Construtivo, Buenos Aires: Poseidón, 1941

“América Invertida”, segundo Maria Marmelo (FLUP, 2014) é um poderoso símbolo de afirmação de uma identidade cultural. A obra pode ser vista como uma metáfora: mais do que fazer girar o mapa sobre o seu eixo, o artista propôs que, também na arte, o hemisfério sul se invertesse. […] Desenhar um mapa tem portanto um significado muito mais forte. Como bem sabemos, quem desenha os territórios e cria as linhas imaginárias são os povos vencedores. […] Por isso tudo, América Invertida é uma tentativa de desnaturalização porque contraria os poderes hegemônicos, propõe uma revisão das hierarquias e rejeita os poderes coloniais.

Portanto, para as investigações de gênero, recomendamos e compartilhamos estas nossas descobertas com todes!

 

 

Dia Internacional de “Não – Violência contra a Mulher “- 25/11

Vivemos  a naturalização da cultura da violência, sendo a “violência domestica” um dos crimes que afetam diretamente a vida de milhares de mulheres. O Ligue 180, em 2016, informou que obteve 58 mil relatos de violência domestica, um aumento de 133% frente ao ano passado.  O Data Senado em um pesquisa evidenciou que 27% dos casos  a agressão/agressor não sofrem nenhum tipo de punição ou processo. O medo, o receio  de falar é um dos motivos recorrentes  dai o empenho  dos movimentos sociais e feministas  para organizar discussões que aproximem as mulheres vítimas  desse atos  e as levem a denunciar.

https://www.brasildefato.com.br/2017/11/25/25-de-novembro-e-dia-de-combate-a-violencia-contra-a-mulher/

Democracia e a esperança de uma vida com mais tolerância para com as diferenças!

Não  ficamos  omissxs diante dos  constrangimentos  e das agressões  enfrentadas pela  filosofa  e feminista Judith Butler em sua passagem pelo  Brasil (Seminário  ” Os fins da democracia”- SESC/ Pompéia – SP) .Os defensores da ” ideologia de gênero” evidenciando total ignorância e de forma acrítica, lideraram um movimento que para nós  subverteu a noção da  ética, da dignidade e o respeito pelas diferenças sexuais e da violência de gênero cotidiana  que expõe  o feminicídio com alarmantes  estatísticas. Desconhecem  os pressupostos científicos que autora vem defendendo. desde um dos seus livros lançado em 1989, ” Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade”,( Civ. Brasileira)  onde colocou uma questão primordial:” os significados do masculino e do feminino  são determinados pelas instituições da família heterossexual e da ideia  de nação que impõe uma noção conjugal  do casamento e da família? E continua:   Como inserir famílias queers, travestis que possuem outras formas de convívio e afeto? Sua resposta  vai ao encontro da democracia que defendemos: ” encontramos apoio e afeto através  de muitas formas sociais, incluindo a família que possui  estrutura, significado e formação histórica  que se transformaram ao longo do tempo  e do espaço.

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/11/1936103-judith-butler-escreve-sobre-o-fantasma-do-genero-e-o-ataque-sofrido-no-brasil.shtml

Arqueólogas Brasileiras criaram o Zine Feminista : situações e agressões levam a denunciar

Após vários desafios e casos silenciados arqueólogas brasileiras criaram um Zine Feminista  para enfrentar casos de assedio sexual , constrangimentos no trabalho de campo. Como elas mesma ressaltam  ” Se para você as agressões ficam em campo, para nós elas se prolongam para a vida! Mesmo que as opressões físicas sejam mais facilmente reconhecidas, freqüentemente outras formas são invisibilizadas ou naturalizadas e passam por piada, mérito pessoal, coisa “à toa” e até “cavalheirismo”

É a forma de resistência e de luta  de mulheres cientistas para alertar, e apoiar  estudantes e pós graduandas  que vão  à campo e enfrentam uma seria de situações de  assedio praticados por pesquisadores. Trata-se do espaço acadêmico e cientifico onde as relações de gênero , de poder permanecem colocando as mulheres em situação de subalternidade.

https://arqueologiaeprehistoria.files.wordpress.com/2015/10/souza-et-al-2015-zine-sobre-o-machismo-e-a-arqueologia.pdf