Projeto Educando para a Diversidade /UNESP convida para Seminário de Debates ” Universidade e Diversidade” : Inscrições abertas

O Projeto Educando para Diversidade convida a toda a comunidade acadêmica (Ouvidorias, Coletivos, Servidores, Discentes, Pesquisadores, Educadores) para a participação no Seminário de Debates Universidade e Diversidades cujo propósito é construir um espaço coletivo de debate e compartilhamento de experiências no trabalho com o enfrentamento às violências e desigualdades no ambiente universitário;
Serão quatro encontros em que serão debatidos os temas relacionados à formas de enfrentamento e combate às diferentes formas de  racismos, assédios, discriminações e exclusões que atravessam as relações no ambiente social e universitário.  A partir dos relatos e debates o propósito é construir protocolos (normativas, procedimentos, indicativos) para o enfrentamento às violências e desigualdades a serem reunidos em um documento amplo para consulta da comunidade acadêmica.Os debates serão transmitidos pelo canal oficial da Unesp no youtube. O link de acesso aos debates serão enviados aos inscritos por e-mail.

Em breve divulgaremos mais informações sobre a página do evento.   Período de inscrições: 10 a 20 de setembro   Link s: https://forms.gle/JZekY6HttK42hwiy5

 

Inscrições abertas para IV Encontro Nacional do GT de Gênero da ANPUH/SP

Estão abertas as inscrições para participação e apresentação de trabalhos no IV ENCONTRO NACIONAL DO GRUPO DE TRABALHO ESTUDOS DE GÊNERO – ANPUH/SP – Espaços e caminhos dos Feminismos: História, diversidade e resistências.

O evento acontecerá de forma online nos dias 31/11, 01 e 02/12 de 2020.

ATENÇÃO AOS PRAZOS DE INSCRIÇÃO:
19/10 – APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS EM SESSÕES
TEMÁTICAS.
13/11 – PARTICIPAÇÃO EM MINICURSO e OUVINTES.
Inscrições e informações sobre a programação, as sessões temáticas e os minicursos estão no link abaixo:

http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/principal.asp

 

Primeiro romance escrito por uma mulher árabe ” Damas da Lua” vence o Internacional Booker Prize

A autora do livro,  Jokha Alharti é  originada de Omã, pais da Península  Arábica. Seu romance  alcançou uma das honrarias literárias de maior prestigio do  Reino Unido – o  prestigioso Man Booker International Prize.. Intrigada com a sua  proposta e o interesse em conhecer um pouco mais sobre as mulheres no mundo árabe comecei a leitura. Ela  expõem as tradições  quase extintas da região  e, faz uso das memorias para criar seus personagens , moradoras e moradores  em  três gerações  de uma povoação fictícia, vila de al-Awafi, próxima a capital, Mascate.

Sua perspectiva de gênero  expõe personagens masculinos melhor sucedidos  do  que os femininos, embora ambos podem sair derrotados em suas empreitadas. .

O passado e o presente contemporâneo circulam em sua narrativas, e dentre  dentre os 30 personagens, sendo a maioria mulheres, a  feminilidade é representada e ajustada às mudanças politicas, econômicas e culturais do país. Ela observa à todxs e capta as emoções e as subjetividades de cada um , a partir de vários ângulos que expressam  situações distintas diante da vida. Ela mesma ressaltou:” a felicidade  e completamente diferente de pessoas a pessoa”.

A ficção se aproxima da realidade com uma linguagem  apropriada que nos toca e nos faz participar da jornada.

https://mundohype.com.br/damas-da-lua-de-jokha-alharthi-fala-sobre-o-oma-moderno-e-as-perdas-e-amores-de-uma-familia/

 

 

Universidades Inglesas : Chegou a hora de rever seus processos de reclamação por má conduta sexual para proteger seus alunos!!!!

As Universidade da inglaterra  diante da Ementa de Lei das Relações Raciais ( 2000)  que exigiu que todas as instituições  do setor público elaborassem planos de ação sobre a igualdade racial e  outras leis que vieram – Lei da Igualdade ( 2010)- exigindo  que políticas diversas confluíssem para um documento:  o  Plano  Único de Igualdade.

Essa regulamentação levou as Universidades a contratar agentes  de diversidade para implementar  estratégias e ações que viessem enfrentar as questões de Raciais e de Gênero.

https://www.theguardian.com/education/2020/mar/13/universities-traumatise-student-sexual-misconduct-survivors-by-mishandling-cases

Segundo Sara Ahmed, em seu livro Vivir una Vida Feminista,  2018 ela narra a experiência que enfrentou na Universidade de Goldsmith, como uma das contratadas e não foi  positiva, o que a levou a pedir seu desligamento  do cargo que exercia, justamente  para dar suporte à politica de enfrentamento  da Diversidade e o Assedio Sexual. .

O trabalho com a diversidade é descrito, por ela, como uma sensação de enfrentar  algo que não se move; é sólido e  que bloqueia os esforços, embora as  tarefas  sejam o cobradas .( ela se apoia na imagem de um muro de tijolos que todos os  dia é preciso enfrentar e bater a cabeça.). Reforça que : Existe o desejo da instituição de institucionalizar a diversidade porém  propor a ideia não significa que ela esteja receptiva. Muitas vezes o que foi proposto não funciona sendo preciso averiguar e constata-se que há mecanismos que impedem a transformação do sistema. Ela descreve como um “trabalho de fontenería institucional  ( enganamento institucional) “ ( AHMED, 2018, pag. 139)

Students attempting to report staff sexual misconduct have found that the process was lengthy, traumatising, and ultimately failed to keep them safe.

Students attempting to report staff sexual misconduct have found that the process was lengthy, traumatising, and ultimately failed to keep them safe. 9Photograph: Astrakan Images/Alamy Stock Photo/Alamy Stock Photo Tradução livre:Os estudantes que tentaram denunciar a má conduta sexual dos funcionários descobriram que o processo foi demorado, traumatizante e, finalmente, não conseguiu mantê-los seguros.)https://www.theguardian.com/education/2020/mar/13/universities-traumatise-student-sexual-misconduct-survivors-by-mishandling-cases

No Brasil .enfrentamos uma situação semelhante e com  muitas resistências. O Sistema de Cotas  sistema de cotas tornou-se conhecido em meados dos anos 2000, inicialmente pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ),. enda esta  a primeira universidade do país a criar um sistema de cotas em vestibulares para cursos de Graduação  e pela   Lei nº 12.711/2012,  veio a exigência  de “ reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. As cotas raciais so foi implantada em  2014, diante dos movimentos sociais e do feminismo negro.

Ainda há muito que lutar para que todxs e todes tenham o lugar como cidadãos na Unvresidade Pública Brasileira.

Estudos de Gênero em Tempo de Epidemia./LIEG – Livro de Sara Ahmed .

LIEG – UNESP prossegue com as atividades programadas  neste 1º Semestre/2020, com a leitura do livro  de Sara AHMED, Vivir una vida feminista, Barcelona , 2018.. .

A autora  atualmente trabalha em centros e institutos sobre mulheres e feministas, na Inglaterra, desde a decada de 90, colaborando também com universidades americanas, Em 2016, renunciou ao cargo de Diretora do Centro de Pesquisa Feminista da Goldsmiths  College, em Londres em protesto à denúncias de Assédio Sexual de estudantes, que não  foram levadas  à contento,

Em seu bloc  deixou  uma questão  que vem ao encontro de nossas preocupações  feministas do LIEG,  sobre a Violência de Gênero, os abusos de poder  no espaço acadêmico onde segundo a Ahmed  há  indiferença das  instituições e o papel  de outsider de quem denuncia:

O que acontece quando alguém de uma instituição reclama de más práticas, violação de direitos ou abuso de poder? Nesta palestra, a escritora feminista Sara Ahmed explorou o como aprendemos sobre abusos de poder por parte de quem faz reclamações sobre esses abusos. Ela considera como fazer uma reclamação  e essa pessoa que reclamam acabam atrapalhando a felicidade institucional. Fazer uma reclamação também requer se tornar um mecânico institucional: você precisa descobrir como obter uma reclamação através de um sistema. A palestra explora como é difícil desvendar as experiências que levam à reclamação e as experiências de reclamação, e reflete sobre o papel das redes e intimidação”

Bloc de Sara Ahmed   – https://www.saranahmed.com/

A reunião ocorrerá no dia 21/05 com a participação da Drª Gabriella  Marques,  docente da Universidade Estadual de Santa Catarina/UDESC, para debatermos o Capítulo 2 – De cómo nos dirigen. In: AHMED, Sara. Vivir uma vida feminista.,  p. 69-95.

Divulgaremos o link da Reunião n no dia 20/05.

 

LIEG/UNESP- Grupo de Estudos abordando tema “Gênero e Feminismos em Tempo de Epidemia”. Autora Sara Ahmed ” VIVA UMA VIDA FEMINISTA”, 2018. Cap.1.Fazer-se feminista p.41-67.

Na semana de 11-16/05, o LIEG terá o prazer de ter como nossa convidada,a  Profª. Drª Joana Maria Pedro/UFCS para debater conosco  o Cap.1 – pag. 41-67., do livro de Sara Ahmed.

Dia: 14/05/²020 ás !4:30hs atraves do Google Meet. Enviaremos o link .

Joana Maria PEDRO | Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC ...

Profª Joana Maria Pedro  e professora titular da Universidade Federal de Santa Catarina. Fez pós-doutorado na França, na Université d’Avignon, entre 2001 e 2002, e também nos Estados Unidos, na Brown University entre 2016 e 2017.  Desempenhou as funções de  Diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas entre 1996 e 2000 e foi Pró-Reitora de Pós-Graduação entre 2012 e 2016. Atuou como Presidenta da ANPUH/ Associação Nacional de História na gestão 2017-2019. Atua  como professora permanente do Programa de Pós-Graduação em História e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC. É também pesquisadora do IEG – Instituto de Estudos de Gênero www.ieg.ufsc.br e do LEGH /Laboratório de Estudos de Gênero e História http://www.legh.cfh.ufsc.br/

Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil República, atuando principalmente nos seguintes temas: feminismo, gênero, relações de gênero, história das mulheres, memória, história oral, história do tempo presente e história comparativa. É pesquisadora 1A do CNPq.

 

A nossas autora Sara AHMED:

A autora nasceu em Salford, Inglaterra. Seu pai é paquistanês e a mãe inglesa. Viveu com sua família em Adelaide, na Austrália, desde o início dos anos 1970, onde alcançou seu primeiro diploma
na Adelaide University.

Realizou seu doutorado no Centre fo Critical and Cultural Theory, Cardiff University. Os temas-chave de seu trabalho são: migração, orientação, diferença, estranheza e identidades mistas. Trabalhou no Institute for Women’s Studies at Lancaster University, de 1994 até 2004. Em 2004, foi nomeada para o Departamento de Mídia e Comunicações da Goldsmiths College, University of London, e foi diretora inaugural do Centre for Feminist Research, criado para consolidar a história feminista da Goldsmiths.

Em 2016, Ahmed renunciou ao cargo em Goldsmiths em protesto contra o assédio sexual de estudantes por funcionários de lá, mas continuou seu trabalho como teórica independente. Atualmente, ela mora nos arredores de Cambridge com sua companheira, Sarah Franklin, que é acadêmica na University of Cambridge Sara Ahmed nasceu em Salford, Inglaterra. 

(  Cap.1 –  Fichamento apresentado por Morgani GuzzoLEGH/UFSC, em 06/05/2020 )

 

LASA 2020- Améfrica Ladina: vinculando mundos y saberes, tejiendo esperanzas, 13 -16 de maio Maio.

O Congresso da Lasa 2020, será online!!!

A  expressaõ ” Améfrica Ladina  é da antropóloga brasileira Leila Gonzalez ( 1935 – 1994) 

A Améfrica Ladina pretende dar um passo na mesma direção da designação Nuestra América, no lugar de América Latina, que sublinha a latinidade da região, isto é, seus vínculos com a Europa, e oculta ou deixa de lado a participação de outros povos nesse processo, tais como os ameríndios e de origem africana. A expressão Améfrica Ladina, cunhada pela intelectual afrobrasileira Lelia González, busca viabilizar explícitamente a presença dessas populações e das populações mestiças no projeto social da Nuestra América e reivindicar essa herança plural da qual fomos despojados.

Por que “vincular mundos, saberes e disciplinas” e “tecer esperanças”? Em primeiro lugar, porque as marcadas tendências conservadoras, excludentes, misóginas e racistas que caracterizam essa recente “guinada para a direita” que enfrentamos em nossa região exigem um grande esforço conjunto intelectual e político para serem explicadas e desafiadas. Em segundo lugar, porque a racionalidade neoliberal, que espalha os valores do mercado a cada esfera da vida, fragmentou e rompeu o tecido social da região e o reconhecimento de uma humanidade comum, aumentando a desigualdade de classes, gênero, etnia e cor da pele. E, em terceiro lugar, porque, neste contexto, precisamos proporcionar a possibilidade de se pensar e interpretar diferentes modos de vida coletiva e gerar diversas práticas colaborativas de produção do conhecimento.

Diante da constatação dos efeitos dessa direitização do continente e do desalento que se produz e se generaliza, vale a pena voltar nossa visão e nossas expectativas aos ensinamentos trazidos por muitas lutas concretas e cotidianas dos que se encontram próximos da Améfrica Ladina, a fim de dar sustento à vida coletiva e individual, humana e interespécies, preservando-a, reparando-a e a prolongando. Eles e elas entretêm vínculos sociais, praticando os princípios de solidariedade, cuidado mútuo e compartilhamento recíproco. Mas em que medida essas experiências incidiram sobre as políticas públicas, ou foram escutadas essas vozes nos órgãos de decisão política?

Sob a perspectiva que abre o projeto da Améfrica Ladina, os “estudos latinoamericanos”, junto a outras formas de pensamento escoradas nas lutas pela despatriarcalização, pela emancipação e pela descolonização, podem responder de novas maneiras a perguntas específicas e a necessidades tanto intelectuais como materiais da região.

O Congresso LASA2020 convida a tomaremse alguns passos nessa direção; vinculando de modo cada vez mais estreito o legado intelectual internacional às realidades e experiências “ladino-amefricanas”; encorajando uma análise profunda da estrutura e dinâmica de poder e dominação que inclua o comunicacional, o midiático e os contrapúblicos das redes sociais; fomentando os debates horizontais e interdisciplinares entre os estudiosos latinoamericanos, junto aos movimentos sociais; incorporando os académicos que trabalham sobre a América Latina e se comunicam principal ou exclusivamente em inglês, em condição de igualdade, isto é, sem uma voz privilegiada ou dominante; promovendo uma participação maior de intelectuais indígenas e afrodescendentes (mulheres e homens) em todas as seções; melhorando as oportunidades para que esses intelectuais participem das diferentes atividades acadêmicas promovidas pela LASA.

Precisamos entrelaçar mundos e saberes que abordam o mesmo problema a partir de perspectivas e ângulos diferentes, cuja separação foi acentuada pela lógica de mercado e pelas tendências políticas direitizantes. É necessário tecer esperanças, intelectuais, sociais, ecológicas, políticas e culturais para avançar pelo caminho sinuoso de busca de um futuro sustentável no qual a Améfrica Ladina tenha relações de sobrevivência e reexistência para compartilhar.

LIEG inicia atividades de 2020

O LIEG – Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero, ligado à UNESP/Marília, inicia suas atividades de 2020 com o Grupo de Estudos “Gênero e Feminismos em tempo de epidemia”. Os encontros serão às quintas-feiras, às 14h30, a partir da plataforma Google Meet. Quem tiver interesse em participar, entre em contato conosco!

Dissertação ProfSocio Mestrado Profissional em Sociologia aborda o tema Jovens Negras na Sala de Aula – UNESP

Aposto  na nova geração de pesquisadoras, à exemplo da  professora de Ensino Medio/SP,   Mariana Alves de Sousa , negra,  aluna do Mestrado Profissional em Sociologia – PROFSOCIO_ da UNESP, campus de Marília.

Foi gratificante orientá-la  em sua pesquisa  em parceria com a Profª. Valeria Barbosa/UNESP.  Trabalho  de certa forma pioneira  onde assume o lugar  do seu discurso e identidade de gênero . A dissertação é intitulada :” CAMINHOS PARA PROMOVER O RECONHECIMENTO DA NEGRITUDE FEMININA POR MEIO DO ENSINO DE SOCIOLOGIA” .

Com um tempo  exíguo para cursar as disciplinas obrigatórias do Curso , lecionar,  realizar as leituras indicadas, além de  fazer uma minuciosa  pesquisa de campo  na escola onde trabalha.. De fato uma empreitada digna de mérito.  Como sua orientadora fiquei impressionada como tratou de maneira  atenta  e  correta a discussão teórica  com xs autorxs ( ver referencias)  de várias nuances onde  gênero e a  interseccionalidade foram  ferramentas de análise muito bem conduzidas.

Aprovada com distinção pela Banca , realizada através do Hangout/Google  no dia 30 de março de 2020 demonstrou como o acesso  à informação científica associada a um  trabalho empírico/etnográfico  fornecem  as condições necessárias para que  um nova geração  de mulheres possa alçar  o espaço  intelectual e o mundo  acadêmico.

Deixarei em Anexo o Power Point de sua Apresentação para a Banca .

Mariana Alves de Sousa- PROFSOCIO – UNESP

Jovens negras e a sala de aula2[4284]