São inúmeros as denuncias de casos de assedio à mulheres em ambiente de trabalho e universitário. Os casos estão vindo à toma com a conscientização e resistências que vem gerando a organização de coletivos em redes midiáticas.
Segundo reportagem da Carta Capital ” em março do ano passado, mais de 50 repórteres esportivas lançaram o manifesto e a campanha #DeixaElaTrabalhar, ” diante do assédio sofrido por jornalistas ao fazerem a cobertura esportiva . A criação dessas redes de apoio e denuncia vem aumentando como #JornalistasContraOAssédio.
O movimento hastag #MeToo – ganhou densidade e espalhou-se em varias mídias sociais como o Twiter e Facebook , em 2017 diante das alegações de assedio sexual contra o produtor de Hollywood contra as mulheres na indústria de cinema.
Esse tipo de rede demonstrou que possui força ao enfrentar a violência sexual ( assedio, agressão, estupro e as formas sutis de poder) e apoiar as(os) sobreviventes que passaram a compartilhar suas experiências e fortalecer as agencias com suas demandas. Nos EUA e também no Reino Unido o movimento #MeToo introduziu a questão de má conduta sexual nos espaços de Ensino Superior e vem mobilizando pessoas em outros países inclusive o Brasil.A questão levou um estudante ( 24/10/2017-RAYA SARKAR) da Universidade da Califórnia a criar uma lista de Assediadores Sexuais na Academia- a LoSHA, com nomes de professores indianos nas Ciências Sociais e Humanas que em poucas horas ganhou uma dimensão provocando desafios éticos e intelectuais nesse percurso.
As respostas das feministas ao sexo e poder nas Universidades em varias parte do globo, repercutiram de tal maneira que estão obrigando as instituições a conter os abusos e criar estrategias institucionais de combater qualquer forma de violência sexual seja existentes nas relações verticais ( professor /aluna(o) como as horizontais ( violência intimas entre pares).
O LIEG, Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero da UNESP, campus de Marília estamos com uma pesquisa de campo sobre o tema em três campi visando a produção intelectual de saberes e de vozes que foram subalternizadas pelo silêncio estrutural de uma sociedade patriarcal ( RIBEIRO, Djamila. 2017, p. 63). Nossa proposta e criar estrategia de superação em parceria com a Ouvidoria /UNESP.